Lenda japonesa - Bunbuku Chagama: A lenda da chaleira encantada
O Tanuki ( texugo ) faz parte da mitologia japonesa desde tempos antigos. O tanuki é uma criatura mística, travessa e alegre, mestre no disfarce e na troca de formas. A sua imagem pode ser vista em frente às lojas do comércio japonês porque acredita-se que ele traz sorte e fortuna.
Bunbuku Chagama é uma das lendas mais conhecidas do Japão e conta a história de uma família de quatro tanukis ( o pai, a mãe e dois filhos ) que vivia numa floresta na parte inferior do templo Morinji.
Um certo dia, durante um rigoroso inverno, esta família de tanukis ficou sem ter o que comer por causa do frio e da neve. O pai tanuki, muito preocupado com esta situação, voltou-se para a mãe tanuki e disse :
- Oh, precisamos encontrar comida! Já sei, vou me transformar em uma chaleira e você num ser humano, assim você vai poder me vender em alguma loja. Com o dinheiro da venda, poderemos comprar comida e sobreviver por algum tempo.
A mãe tanuki não gostou da ideia, mas como não tinha outra escolha, acabou aceitando a fim de salvar seus filhos. Assim, o pai tanuki se transformou numa chaleira e foi vendido numa loja de antiguidades pela mãe tanuki, já transformada em ser humano.
Um certo dia, um sacerdote viu a chaleira na prateleira da loja e resolveu comprá-la. Assim que chegou em casa, ele foi esquentar água na sua chaleira nova mas, quando colocou a chaleira no fogo, escutou gritos. Em seguida, viu nascer pernas, braços e uma cauda em sua chaleira e ficou apavorado. Na verdade, era o pai tanuki que, com o calor do fogo, voltava à sua forma natural.
Abismado com tudo o que via, o sacerdote olhou para o tanuki e disse:
-- Vou devolver você para a loja onde o comprei!
Escutando isso, o pai tanuki ficou com muito medo e transformou-se novamente em chaleira, como se nada tivesse acontecido. Bem nessa hora, passou um comerciante que era dono de uma loja de antiguidades e o sacerdote resolveu vender a chaleira para ele.
Naquela mesma noite, depois de toda essa confusão, o pai tanuki resolveu falar toda a verdade para o seu novo dono. Contou sua história e no final da conversa disse ao comerciante:
- Por favor, não me devolva! Se deixar eu ficar aqui, prometo que irei fazer você ganhar muito dinheiro.
O comerciante achou tudo muito estranho mas aceitou a proposta do pai tanuki e ainda convidou toda a família tanuki para vir morar com ele.
Ao receber a proposta, o pai tanunki não perdeu tempo e logo foi buscar a mãe tanunki e seus filhos.
A família tanuki resolveu fazer acrobacias todos os dias em frente da loja deste bondoso comerciante. Foi um sucesso! Muitas pessoas vinham fazer compras na loja só para assistir ao show acrobático da família tanuki. Em pouco tempo, o comerciante ficou muito rico.
Em forma de agradecimento, o comerciante deu à família tanuki a metade de todo o dinheiro que havia ganhado. Feliz da vida, eles voltaram para casa. O pai tanuki ainda era uma chaleira e, apesar das inúmeras tentativas, não conseguia voltar à sua forma e disse :
- Certamente isto é um castigo do sacerdote por eu ter mentido. Vou pedir para que me ele me perdoe e assim poderei voltar à minha forma de tanuki.
O sacerdote o perdoou mas mesmo assim o pai tanunki não voltou a ser tanuki e ele resolveu colocá-lo sobre uma grande e luxuosa almofada e cuidou dele com muito amor e carinho.
(Fonte: http://www.gtia.jp/kokusai/portuguese/)
Bunbuku Chagama é uma das lendas mais conhecidas do Japão e conta a história de uma família de quatro tanukis ( o pai, a mãe e dois filhos ) que vivia numa floresta na parte inferior do templo Morinji.
Um certo dia, durante um rigoroso inverno, esta família de tanukis ficou sem ter o que comer por causa do frio e da neve. O pai tanuki, muito preocupado com esta situação, voltou-se para a mãe tanuki e disse :
- Oh, precisamos encontrar comida! Já sei, vou me transformar em uma chaleira e você num ser humano, assim você vai poder me vender em alguma loja. Com o dinheiro da venda, poderemos comprar comida e sobreviver por algum tempo.
A mãe tanuki não gostou da ideia, mas como não tinha outra escolha, acabou aceitando a fim de salvar seus filhos. Assim, o pai tanuki se transformou numa chaleira e foi vendido numa loja de antiguidades pela mãe tanuki, já transformada em ser humano.
Um certo dia, um sacerdote viu a chaleira na prateleira da loja e resolveu comprá-la. Assim que chegou em casa, ele foi esquentar água na sua chaleira nova mas, quando colocou a chaleira no fogo, escutou gritos. Em seguida, viu nascer pernas, braços e uma cauda em sua chaleira e ficou apavorado. Na verdade, era o pai tanuki que, com o calor do fogo, voltava à sua forma natural.
Abismado com tudo o que via, o sacerdote olhou para o tanuki e disse:
-- Vou devolver você para a loja onde o comprei!
Escutando isso, o pai tanuki ficou com muito medo e transformou-se novamente em chaleira, como se nada tivesse acontecido. Bem nessa hora, passou um comerciante que era dono de uma loja de antiguidades e o sacerdote resolveu vender a chaleira para ele.
Naquela mesma noite, depois de toda essa confusão, o pai tanuki resolveu falar toda a verdade para o seu novo dono. Contou sua história e no final da conversa disse ao comerciante:
- Por favor, não me devolva! Se deixar eu ficar aqui, prometo que irei fazer você ganhar muito dinheiro.
O comerciante achou tudo muito estranho mas aceitou a proposta do pai tanuki e ainda convidou toda a família tanuki para vir morar com ele.
Ao receber a proposta, o pai tanunki não perdeu tempo e logo foi buscar a mãe tanunki e seus filhos.
A família tanuki resolveu fazer acrobacias todos os dias em frente da loja deste bondoso comerciante. Foi um sucesso! Muitas pessoas vinham fazer compras na loja só para assistir ao show acrobático da família tanuki. Em pouco tempo, o comerciante ficou muito rico.
Em forma de agradecimento, o comerciante deu à família tanuki a metade de todo o dinheiro que havia ganhado. Feliz da vida, eles voltaram para casa. O pai tanuki ainda era uma chaleira e, apesar das inúmeras tentativas, não conseguia voltar à sua forma e disse :
- Certamente isto é um castigo do sacerdote por eu ter mentido. Vou pedir para que me ele me perdoe e assim poderei voltar à minha forma de tanuki.
O sacerdote o perdoou mas mesmo assim o pai tanunki não voltou a ser tanuki e ele resolveu colocá-lo sobre uma grande e luxuosa almofada e cuidou dele com muito amor e carinho.
(Fonte: http://www.gtia.jp/kokusai/portuguese/)
Lenda indiana - A natureza divina
Conta uma velha lenda hindu que outrora todos os homens eram deuses, mas abusaram de tal modo da sua natureza divina que Brahma, o Senhor dos deuses, decidiu retirar-lhes esse poder divino e escondê-lo em lugar onde lhes fosse impossível encontrá-lo.
O problema, contudo, era encontrar esse esconderijo. Brahma convocou, pois, todos os deuses menores a fim de resolver este problema. A sugestão que eles lhe deram foi enterrar a divindade do homem bem no fundo da terra. Mas Brahma respondeu-lhes que isso não seria suficiente, pois o homem escavaria a terra e acabaria por reencontrar a sua natureza divina. Então, os deuses sugeriram que se atirasse para o fundo do mar a natureza divina do homem. De novo, Brahma lhes respondeu que, mais tarde ou mais cedo, o homem exploraria as profundezas do mar e a recuperaria.
Os deuses menores já não sabiam que outros lugares poderiam existir, quer na terra quer no mar, onde o homem não conseguisse chegar um dia. Até que Brahma disse: "Vamos fazer o seguinte com a natureza divina do homem: vamos escondê-la bem no fundo de si mesmo, pois será esse o único lugar onde o homem nunca a irá procurar."
Desde esse dia, segundo conta a lenda, o homem tem percorrido e explorado o mundo, subido as montanhas mais altas e descido às grandes profundezas da terra e do mar, sempre à procura do que está dentro de si próprio.
(Fonte: http://tudodeom.blogspot.com.br/2012/01/uma-lenda-hindu.html)
O problema, contudo, era encontrar esse esconderijo. Brahma convocou, pois, todos os deuses menores a fim de resolver este problema. A sugestão que eles lhe deram foi enterrar a divindade do homem bem no fundo da terra. Mas Brahma respondeu-lhes que isso não seria suficiente, pois o homem escavaria a terra e acabaria por reencontrar a sua natureza divina. Então, os deuses sugeriram que se atirasse para o fundo do mar a natureza divina do homem. De novo, Brahma lhes respondeu que, mais tarde ou mais cedo, o homem exploraria as profundezas do mar e a recuperaria.
Os deuses menores já não sabiam que outros lugares poderiam existir, quer na terra quer no mar, onde o homem não conseguisse chegar um dia. Até que Brahma disse: "Vamos fazer o seguinte com a natureza divina do homem: vamos escondê-la bem no fundo de si mesmo, pois será esse o único lugar onde o homem nunca a irá procurar."
Desde esse dia, segundo conta a lenda, o homem tem percorrido e explorado o mundo, subido as montanhas mais altas e descido às grandes profundezas da terra e do mar, sempre à procura do que está dentro de si próprio.
(Fonte: http://tudodeom.blogspot.com.br/2012/01/uma-lenda-hindu.html)
Lenda inca - O lago Titicaca
Conta-se que há muito tempo a região do Titicaca era um vale bastante fértil, habitado por homens que viviam felizes e tranquilos. Nada lhes faltava, a terra era muito rica e os presenteava com tudo do que necessitavam. Nesta terra não se conhecia nem a morte, nem o ódio, nem a ambição. Os Apus, que eram os deuses das montanhas, protegiam a todos, porém impuseram apenas uma proibição: nada, nem ninguém deveria subir nas montanhas, onde estava acesso o “fogo sagrado”.
Durante muito tempo, não passava pela cabeça dos homens desrespeitar esta simples regra. Mas o demônio, espírito maligno, condenado a viver na repleta escuridão, não suportava ver a felicidade e tranquilidade com as quais os homens viviam no vale. Coberto de inveja, ele começou a semear a discórdia, pedindo a eles que provassem sua coragem e fossem buscar o “fogo sagrado” nas montanhas.
Então, num belo dia pela manhã, os homens iniciaram sua escalada nas montanhas, mas no meio do caminho foram surpreendidos pelos Apus. Estes entenderam que os homens haviam desobedecido sua única regra e que deveriam ser exterminados. Milhares de pumas saíram das cavernas e devoraram os homens, enquanto eles suplicavam ao demônio por sua ajuda, enquanto este permaneceu insensível as suas súplicas.
Vendo isto, Inti, o deus do Sol, começou a chorar. Suas lágrimas eram tão abundantes que, em quarenta dias, inundaram todo o vale. Somente um homem e uma mulher conseguiram se salvar, sobre uma barca de junco.
Quando o sol brilhou novamente, o homem e a mulher não conseguiam acreditar no que seus olhos viam: abaixo do céu azul estava um lago imenso e límpido. No meio de suas águas flutuavam os pumas, afogados e transformados em estátuas de pedra. Chamaram então o lago Titicaca de “o lago dos pumas de pedra”.
(Fonte: http://victortrotamundo.wordpress.com/2009/07/18/lendas-incas-o-lago-titicaca/)
Durante muito tempo, não passava pela cabeça dos homens desrespeitar esta simples regra. Mas o demônio, espírito maligno, condenado a viver na repleta escuridão, não suportava ver a felicidade e tranquilidade com as quais os homens viviam no vale. Coberto de inveja, ele começou a semear a discórdia, pedindo a eles que provassem sua coragem e fossem buscar o “fogo sagrado” nas montanhas.
Então, num belo dia pela manhã, os homens iniciaram sua escalada nas montanhas, mas no meio do caminho foram surpreendidos pelos Apus. Estes entenderam que os homens haviam desobedecido sua única regra e que deveriam ser exterminados. Milhares de pumas saíram das cavernas e devoraram os homens, enquanto eles suplicavam ao demônio por sua ajuda, enquanto este permaneceu insensível as suas súplicas.
Vendo isto, Inti, o deus do Sol, começou a chorar. Suas lágrimas eram tão abundantes que, em quarenta dias, inundaram todo o vale. Somente um homem e uma mulher conseguiram se salvar, sobre uma barca de junco.
Quando o sol brilhou novamente, o homem e a mulher não conseguiam acreditar no que seus olhos viam: abaixo do céu azul estava um lago imenso e límpido. No meio de suas águas flutuavam os pumas, afogados e transformados em estátuas de pedra. Chamaram então o lago Titicaca de “o lago dos pumas de pedra”.
(Fonte: http://victortrotamundo.wordpress.com/2009/07/18/lendas-incas-o-lago-titicaca/)
Lenda brasileira - A vitória-régia
Conta a lenda que uma bela índia chamada Naiá apaixonou-se por Jaci (a Lua), que brilhava no céu a iluminar as noites.
Nos contos dos pajés e caciques, Jaci de quando em quando descia à Terra para buscar alguma moça e transformá-la em estrela do céu para lhe fazer companhia. Naiá, ouvindo aquilo, quis também virar estrela para brilhar ao lado de Jaci.
Durante o dia, bravos guerreiros tentavam cortejar Naiá, mas era tudo em vão, pois ela recusava todos os convites de casamento. E mal podia esperar a noite chegar, quando saía para admirar Jaci, que parecia ignorar a pobre Naiá. Mas ela esperava sua subida e sua descida no horizonte e, já quase de manhãzinha, saía correndo em sentido oposto ao Sol para tentar alcançar a Lua.
Corria e corria até cair de cansaço no meio da mata. Noite após noite, a tentativa de Naiá se repetia. Até que ela adoeceu. De tanto ser ignorada por Jaci, a moça começou a definhar. Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse em busca da Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um igarapé.
Quando acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas claras do igarapé a fizeram exaltar de felicidade! Finalmente ela estava ali, bem próxima de suas mãos. Naiá não teve dúvidas: mergulhou nas águas profundas e acabou se afogando.
Jaci, vendo o sacrifício da índia, resolveu transformá-la numa estrela incomum. O destino de Naiá não estava no céu, mas nas águas, a refletir o clarão do luar. Naiá virou a vitória-régia, a grande flor amazônica das águas calmas, a estrela das águas, tão linda quanto as estrelas do céu e com um perfume inconfundível. E que só abre suas pétalas ao luar!
FONTE: Maria José de Castro Alves (coord.) Lendas e mitos do Brasil. Belo Horizonte, 2007.
Nos contos dos pajés e caciques, Jaci de quando em quando descia à Terra para buscar alguma moça e transformá-la em estrela do céu para lhe fazer companhia. Naiá, ouvindo aquilo, quis também virar estrela para brilhar ao lado de Jaci.
Durante o dia, bravos guerreiros tentavam cortejar Naiá, mas era tudo em vão, pois ela recusava todos os convites de casamento. E mal podia esperar a noite chegar, quando saía para admirar Jaci, que parecia ignorar a pobre Naiá. Mas ela esperava sua subida e sua descida no horizonte e, já quase de manhãzinha, saía correndo em sentido oposto ao Sol para tentar alcançar a Lua.
Corria e corria até cair de cansaço no meio da mata. Noite após noite, a tentativa de Naiá se repetia. Até que ela adoeceu. De tanto ser ignorada por Jaci, a moça começou a definhar. Mesmo doente, não havia uma noite que não fugisse em busca da Lua. Numa dessas vezes, a índia caiu cansada à beira de um igarapé.
Quando acordou, teve um susto e quase não acreditou: o reflexo da Lua nas águas claras do igarapé a fizeram exaltar de felicidade! Finalmente ela estava ali, bem próxima de suas mãos. Naiá não teve dúvidas: mergulhou nas águas profundas e acabou se afogando.
Jaci, vendo o sacrifício da índia, resolveu transformá-la numa estrela incomum. O destino de Naiá não estava no céu, mas nas águas, a refletir o clarão do luar. Naiá virou a vitória-régia, a grande flor amazônica das águas calmas, a estrela das águas, tão linda quanto as estrelas do céu e com um perfume inconfundível. E que só abre suas pétalas ao luar!
FONTE: Maria José de Castro Alves (coord.) Lendas e mitos do Brasil. Belo Horizonte, 2007.
Fábula alemã - O pescador e a sua mulher
Há muito tempo atrás, um pescador e a sua mulher viviam numa cabana sobre o mar. Eram muito pobres. Todos os dias o pescador levava as redes e os anzóis e ia pescar no mar.
Uma bela manhã, o pescador sentiu que um peixe enorme tinha mordido o seu anzol. Puxou com toda a sua força, até saltar fora da água um peixão azul e verde que começou a gritar: "Deixa-me ir, peço-te, não sou um peixe, mas um príncipe enfeitiçado!"
"Claro que te deixo ir!", disse o pescador. "Não saberia o que fazer com um peixe falante. Estás livre!"
Quando regressou à cabana, o pescador contou tudo à sua mulher.
"E tu salvaste-lhe a vida sem lhe pedir nada em troca?", gritou a mulher. "Volta já para o mar e pede ao peixe que te dê uma casa decente com um bonito jardim!"
O pescador abanou a cabeça, mas obedeceu. Voltou ao mar e chamou: "Peixe falante, milagre do mar, um pedido te quero fazer: para a minha mulher sempre descontente venho pedir-te uma recompensa!"
"O que quer a tua mulher?", perguntou-lhe o peixe.
"Quer uma casinha com jardim."
"Vai embora que a tua mulher já tem o que deseja!"
Quando regressou a casa, o pescador encontrou a sua mulher à sua espera numa casinha com um belo jardim.
"Que maravilha!", exclamou o pescador. "Aqui seremos felizes!" A mulher, porém, não agradeceu e nem sequer sorriu.
Na manhã seguinte gritou: "Estive a pensar e esta casa não me basta. Vai ter com o peixe e pede-lhe um castelo!"
O pescador ficou muito triste, mas como tinha medo da mulher, obedeceu. Voltou ao mar e chamou de novo o peixe.
"O que queres desta vez?", perguntou-lhe o peixe.
"A minha mulher, agora, quer um castelo."
"Vai embora que a tua mulher já tem o que deseja."
O pescador voltou e encontrou a mulher num castelo cheio de soldados e criados. Mas nem desta vez ficou satisfeita. Na manhã seguinte, mal acordou disse: "Estive a pensar e este castelo não me chega. Quero ser dona do Sol, da Lua e de todas as estrelas!"
O pescador ficou desesperado, mas como não conseguiu dizer-lhe que não, voltou ao mar.
Desta vez, porém, o peixe perdeu a paciência. "Não merecem mais nada!", disse furioso. "Ou melhor, merecem é ficar com aquela pobre cabana onde sempre viveram!"
O pescador voltou para casa e encontrou a mulher vestida de trapos e verde de raiva. Mas agora não havia mais nada a fazer. O pescador e a mulher ficaram naquela cabana até o fim das suas vidas.
Moral: Quem tudo quer tudo perde!
FONTE: Fábulas maravilhosas, ilustrações de Paolo Cardoni, Porto Editora.
Uma bela manhã, o pescador sentiu que um peixe enorme tinha mordido o seu anzol. Puxou com toda a sua força, até saltar fora da água um peixão azul e verde que começou a gritar: "Deixa-me ir, peço-te, não sou um peixe, mas um príncipe enfeitiçado!"
"Claro que te deixo ir!", disse o pescador. "Não saberia o que fazer com um peixe falante. Estás livre!"
Quando regressou à cabana, o pescador contou tudo à sua mulher.
"E tu salvaste-lhe a vida sem lhe pedir nada em troca?", gritou a mulher. "Volta já para o mar e pede ao peixe que te dê uma casa decente com um bonito jardim!"
O pescador abanou a cabeça, mas obedeceu. Voltou ao mar e chamou: "Peixe falante, milagre do mar, um pedido te quero fazer: para a minha mulher sempre descontente venho pedir-te uma recompensa!"
"O que quer a tua mulher?", perguntou-lhe o peixe.
"Quer uma casinha com jardim."
"Vai embora que a tua mulher já tem o que deseja!"
Quando regressou a casa, o pescador encontrou a sua mulher à sua espera numa casinha com um belo jardim.
"Que maravilha!", exclamou o pescador. "Aqui seremos felizes!" A mulher, porém, não agradeceu e nem sequer sorriu.
Na manhã seguinte gritou: "Estive a pensar e esta casa não me basta. Vai ter com o peixe e pede-lhe um castelo!"
O pescador ficou muito triste, mas como tinha medo da mulher, obedeceu. Voltou ao mar e chamou de novo o peixe.
"O que queres desta vez?", perguntou-lhe o peixe.
"A minha mulher, agora, quer um castelo."
"Vai embora que a tua mulher já tem o que deseja."
O pescador voltou e encontrou a mulher num castelo cheio de soldados e criados. Mas nem desta vez ficou satisfeita. Na manhã seguinte, mal acordou disse: "Estive a pensar e este castelo não me chega. Quero ser dona do Sol, da Lua e de todas as estrelas!"
O pescador ficou desesperado, mas como não conseguiu dizer-lhe que não, voltou ao mar.
Desta vez, porém, o peixe perdeu a paciência. "Não merecem mais nada!", disse furioso. "Ou melhor, merecem é ficar com aquela pobre cabana onde sempre viveram!"
O pescador voltou para casa e encontrou a mulher vestida de trapos e verde de raiva. Mas agora não havia mais nada a fazer. O pescador e a mulher ficaram naquela cabana até o fim das suas vidas.
Moral: Quem tudo quer tudo perde!
FONTE: Fábulas maravilhosas, ilustrações de Paolo Cardoni, Porto Editora.
Lenda chinesa - Lenda do Tangram
Um imperador chinês chamou um de seus melhores artistas e ordenou que saísse pelos seus domínios e retratasse as coisas mais belas que pudesse encontrar, levando apenas uma prancha quadrada.
Apesar da dificuldade proposta, lá foi o artista, China afora, para tentar cumpri-la. No caminho, ao atravessar um riacho, caiu e a prancha quebrou em sete pedaços. Precisava reuni-las, e após muitas tentativas percebeu que, a cada uma delas, ao arrumar as peças, conseguia formar uma figura diferente.
Voltou rapidamente para mostrar aquela maravilha ao imperador, que ficou muito satisfeito com a possibilidade de retratar todas as coisas, usando apenas aquelas sete peças...
(Fonte:xa.yimg.com/kq/groups/24793572/.../A+LENDA+DO+TANGRAM.doc)
Apesar da dificuldade proposta, lá foi o artista, China afora, para tentar cumpri-la. No caminho, ao atravessar um riacho, caiu e a prancha quebrou em sete pedaços. Precisava reuni-las, e após muitas tentativas percebeu que, a cada uma delas, ao arrumar as peças, conseguia formar uma figura diferente.
Voltou rapidamente para mostrar aquela maravilha ao imperador, que ficou muito satisfeito com a possibilidade de retratar todas as coisas, usando apenas aquelas sete peças...
(Fonte:xa.yimg.com/kq/groups/24793572/.../A+LENDA+DO+TANGRAM.doc)
Lenda russa - Snegurotchka, a menina do gelo
Uma das mais importantes lendas do Natal russo, contada às crianças no dia de Natal, é a de Snegurotchka, a Menina da Neve.
Há muito tempo, vivia nas florestas da Rússia um pobre casal de camponeses, Ivan e sua mulher, Maria. Eles tinham muitos amigos, mas
eram infelizes pois não conseguiram ter nenhuma criança. Em um dia de inverno, Ivan e Maria olhavam tristes para algumas crianças que
brincavam de construir um homem de neve. Ivan, então, teve a ideia de fazer uma menina de neve. Ao terminar a obra, Ivan disse à boneca de
neve: “Fale comigo!”. Maria completou: “Sim, venha à vida e venha brincar com as outras crianças”.
Bem em frente aos seus olhos, a menina de neve, chamada em russo
de Snegurotchka [sneg =neve; otchka = diminutivo de menina], transformou-se numa menina e disse: “Eu vim da terra do inverno, do gelo e da neve”. Ela, então, correu até os braços de Ivan e Maria.
Houve naquela noite muita música e danças e todo o vilarejo celebrou o acontecimento. Durante todo o inverno, Snegurotchka brincou com as crianças. Todos a amavam muito e o casal Ivan e Maria estava muito feliz.
Então, um dia, quando começaram a surgir os primeiros sinais da primavera, Snegurotchka, com os olhos cheios de lágrimas, chegou-se a
Ivan e Maria e lhes informou que teria que partir para o norte da Terra da Neve. O casal implorou à menina para que não os deixasse. Com muita raiva, Ivan correu até a porta para impedir sua partida enquanto Maria a segurava com muita força.
Mas logo Snegurotchka começou a se derreter. Ivan e Maria choraram amargamente. Durante toda a primavera e verão, eles ficaram sozinhos e muito tristes. Mas, mais uma vez, o verão se transformou em outono
e este em inverno e o frio intenso voltou à Rússia. Uma noite, uma voz familiar gritou: “Mamãe, Papai! Abram a porta! A neve me trouxe de volta, mais uma vez!”. Ivan abriu correndo a porta e segurou Snegurotchka em seus braços.
Durante todo o inverno, a família viveu feliz e a menina brincava com todas as crianças do vilarejo. Mas quando chegou a primavera, Ivan e Maria permitiram que ela fosse embora, pois sabiam que retornaria no inverno. E assim aconteceu todos os anos: Snegurotchka retornava e ficava com seus pais durante os longos invernos russos e trazia a eles muita felicidade.
(FONTE: Jornal Bragança Diário. Bragança Paulista, 4 de Dezembro de 2009)
Há muito tempo, vivia nas florestas da Rússia um pobre casal de camponeses, Ivan e sua mulher, Maria. Eles tinham muitos amigos, mas
eram infelizes pois não conseguiram ter nenhuma criança. Em um dia de inverno, Ivan e Maria olhavam tristes para algumas crianças que
brincavam de construir um homem de neve. Ivan, então, teve a ideia de fazer uma menina de neve. Ao terminar a obra, Ivan disse à boneca de
neve: “Fale comigo!”. Maria completou: “Sim, venha à vida e venha brincar com as outras crianças”.
Bem em frente aos seus olhos, a menina de neve, chamada em russo
de Snegurotchka [sneg =neve; otchka = diminutivo de menina], transformou-se numa menina e disse: “Eu vim da terra do inverno, do gelo e da neve”. Ela, então, correu até os braços de Ivan e Maria.
Houve naquela noite muita música e danças e todo o vilarejo celebrou o acontecimento. Durante todo o inverno, Snegurotchka brincou com as crianças. Todos a amavam muito e o casal Ivan e Maria estava muito feliz.
Então, um dia, quando começaram a surgir os primeiros sinais da primavera, Snegurotchka, com os olhos cheios de lágrimas, chegou-se a
Ivan e Maria e lhes informou que teria que partir para o norte da Terra da Neve. O casal implorou à menina para que não os deixasse. Com muita raiva, Ivan correu até a porta para impedir sua partida enquanto Maria a segurava com muita força.
Mas logo Snegurotchka começou a se derreter. Ivan e Maria choraram amargamente. Durante toda a primavera e verão, eles ficaram sozinhos e muito tristes. Mas, mais uma vez, o verão se transformou em outono
e este em inverno e o frio intenso voltou à Rússia. Uma noite, uma voz familiar gritou: “Mamãe, Papai! Abram a porta! A neve me trouxe de volta, mais uma vez!”. Ivan abriu correndo a porta e segurou Snegurotchka em seus braços.
Durante todo o inverno, a família viveu feliz e a menina brincava com todas as crianças do vilarejo. Mas quando chegou a primavera, Ivan e Maria permitiram que ela fosse embora, pois sabiam que retornaria no inverno. E assim aconteceu todos os anos: Snegurotchka retornava e ficava com seus pais durante os longos invernos russos e trazia a eles muita felicidade.
(FONTE: Jornal Bragança Diário. Bragança Paulista, 4 de Dezembro de 2009)